Falha no atendimento da UPA causa revolta em mãe de Ribeirão Pires

Suzana Pimentel, mãe de Antony Efraim Francelino Pimentel, de dois anos e meio, reclama do atendimento recebido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ribeirão Pires. Segundo a mãe, o filho apresentou febre persistente por dois dias, mas ao buscar atendimento na quarta-feira (28/05) a médica plantonista não examinou a criança e negou prescrição de medicação para o quadro febril. Mesmo sem melhora, a criança foi liberada para retornar à creche.
Na primeira consulta, um médico suspeitou de infecção urinária e solicitou exame de urina, com retorno previsto para quatro horas depois. No retorno, Suzana encontrou dificuldades para atendimento, pois a ficha do filho havia sido perdida e houve atraso de quase duas horas.
A médica que a atendeu informou que o exame não indicava problemas e orientou a mãe a voltar para casa sem prescrever remédios, inclusive para a febre. “Ela nem examinou meu filho, apenas disse para ir embora. Nem quis receitar remédio para a febre”, relata.
Na noite seguinte, com piora no quadro, Suzana retornou à UPA e foi atendida pela mesma médica, que desta vez examinou a criança, constatou garganta com catarro e prescreveu atestado de sete dias, antibiótico e remédio para febre. “Ou seja, ele tinha algo desde o início”, afirma.
A mãe também apresentou um encaminhamento assinado pela médica que liberava a criança para a creche, mesmo com a febre ainda presente, o que reforça a contradição no atendimento.
Suzana criticou ainda a organização da UPA e o atendimento na recepção. Segundo ela, a triagem das crianças, antes feita de forma separada, agora é realizada junto com os adultos, gerando confusão. “Faltam médicos, há demora e o atendimento na recepção demonstra má vontade”, disse.
Atualmente, Antony segue em recuperação em casa, ainda abatido e com dificuldades para se alimentar, mas já medicado, segundo a mãe.
A Prefeitura de Ribeirão Pires foi procurada para comentar o caso, mas não se manifestou até o fechamento da matéria.